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Aquisicionar Materiais de Prateleira

Trata-se da aquisição de materiais e componentes mecânicos, assim como de componentes eletrônicos padronizados necessários para a fabricação, montagem e teste dos protótipos ALFA.

O ponto de partida para a aquisição de materiais e componentes de prateleira é a identificação dos requisitos de qualidade a eles aplicáveis. Esses requisitos dizem respeito, principalmente, a aspectos relacionados com o processo de manufatura desses componentes e sua rastreabilidade a normas e padrões.
Passa-se à identificação de fornecedores para os itens, o que pode ser realizado através de buscas na Internet. É interessante um trabalho de forte integração entre o pessoal de engenharia e o pessoal de compras da empresa de maneira a potencializar esse processo.
Diferentemente dos itens subcontratados, os componentes de prateleira passam por um processo de aquisição determinado por condições de prazo e custo, principalmente, e de qualidade, quando existirem.
Componentes de prateleira, ou commodities, são subsistemas ou componentes padronizados no mercado uma vez que suas características básicas são definidas por normas seguidas por todas as empresa que atuam no setor e seu nível de qualidade é similar (ROZENFELD et. All., 2006).
É importante, entretanto, observar que existem nuances relacionadas com o padrão de qualidade exigido desse tipo de componente quando fornecidos para serem incorporados em produtos mecatrônicos a serem aplicados aos mercados aeroespacial e aeronáutico.
Por exemplo, tomem-se as ligas de alumínio 6061 e 7075. São ligas padronizadas, sua têmpera térmica deve ser definida na ocasião da aquisição, entretanto, para serem adquiridas para equipar subsistemas a serem usados em satélites ou aviões, devem ser fornecidas com certificado de qualificação de processo. Caso contrário, as empresas fornecedoras devem ter seu processo de manufatura auditado e qualificado.
O mesmo tipo de raciocínio pode ser utilizado quando se considera componentes eletrônicos aplicados a esses setores.
REF.: A norma ECSS-Q-70B (2003) determina padrões de qualidade a serem seguidos por fornecedores de materiais mecânicos para a área espacial, enquanto o padrão ECSS-Q-___ (__) se aplica ao fornecimento de componentes eletrônicos.
Deve-se observar que no caso de material mecânico, não se trata apenas de aquisição de uma determinada liga, mas de material tratado e em formato mais apropriado possível às peças a serem usinadas: chapas, barras, tarugos etc.
Identificados os fornecedores, realiza-se o processo de cotação. Nesse caso, deve-se observar prazos e custos, assim como a documentação que acompanhe os materiais e componentes a serem adquiridos.
Para determinados tipos de componentes e materiais deve-se observar as condições de fornecimento para a prototipagem. Ou seja, é comum que determinados itens sejam comercializados apenas em grandes quantidades, principalmente material mecânico. Isso implica na necessidade de potencializar a utilização do item em diversos protótipos, produtos em desenvolvimento e produtos em escala comercial. Muitas vezes é necessário buscar utilizar componentes e materiais já estocados na empresa de maneira a reduzir os custos dos projetos.
Definido o fornecedor, as quantidades e condições comerciais de fornecimento, deve-se adquirir os itens. Na chegada do material, deve-se, ademais, verificar a documentação entregue e eventualmente realizar inspeções.
A atividade de aquisição de materiais e componentes de prateleira tem como insumos as demandas de aquisição das áreas técnicas e, eventualmente, o esboço da aplicação das novas tecnologias desenvolvidas. A saída é o registro de entrada dos materiais e componentes.

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